Skip to the content.
Skip to the content.

Sendo dev na época da IA 

Em tempos em que tudo é gerado por IA, como se manter relevante?

É inquestionável que a inteligência artificial chegou e veio para ficar. Por muito tempo restrita aos filmes de ficção científica, agora ela é realidade e, mais importante que isso, ela chega de uma forma acessível.

Para a engenharia de software, ela representa uma grande evolução, o resultado de vários anos de pesquisa e desenvolvimento para chegar onde chegamos: uma inteligência artificial capaz de gerar conteúdo, contextualizar e entender a linguagem natural, até mesmo quando a comunicação não é perfeita.

Para os desenvolvedores de software que não dominarem o uso da inteligência artificial como ferramenta, ela será uma competidora, porque é um fato que nós, humanos, somos mais lentos na produção de código e não conseguimos vasculhar conteúdos, documentos, mídias ou quaisquer que sejam os recursos necessários tão rapidamente quanto ela.

Para os desenvolvedores que a utilizam como uma ferramenta, ela será uma grande aliada, mas para isso é necessário desenvolver habilidades, como a capacidade de criar um prompt bem estruturado, a tão falada Engenharia de Prompt, que facilita uma resposta mais precisa e coerente com a solução para o nosso problema.

Nem sempre a primeira resposta é a correta ou totalmente aderente ao que procuramos, e a busca por essa solução requer mais de uma iteração. Mas isso não quer dizer que a IA esteja totalmente errada, pode ser que o contexto fornecido não tenha sido completo ou claro o suficiente.

Voltando às habilidades, uma habilidade antiga que deve ser constantemente fortalecida é o conhecimento em fundamentos de programação, design patterns, arquiteturas e estruturas de dados. Isso porque, sem essa bagagem, não é possível avaliar se a resposta da IA está de acordo com as melhores práticas ou padrões requeridos em nossa base de código.

Os assistentes de programação e copilots devem ser realmente o que o nome diz: assistentes e copilotos. Delegamos a eles o trabalho pesado, tiramos proveito da velocidade e capacidade que possuem, mas ainda assim é nossa a responsabilidade de avaliar o código gerado. Sempre precisaremos revisar, avaliar e decidir se aceitamos ou não aquela implementação.

Não estou querendo ser cético quanto à capacidade da IA, longe disso, na verdade eu sou um grande fã e usuário diário dela, mas estou consciente de que o cargo de piloto ainda é meu.